Páginas

sábado, 18 de junho de 2011

O Farmaceutico



João era dono de uma bem sucedida farmácia numa cidade do interior. Era um homem bastante inteligente, mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa alem do seu mundo material. Um certo dia estava ele fechando a farmácia quando chegou uma criança aos prantos dizendo que sua mãe estava passando mal e que se ela não tomasse o remédio logo iria morrer.

Muito nervoso, e após insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia pra pegar o remédio. Sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou pegando o remédio mesmo no escuro e entregando a criança que agradeceu e saiu dali às pressas.

Minutos depois percebeu que havia entregado o remédio errado pra criança e que se sua mãe o tomasse seria morte instantânea. Desesperado tentou alcançar a criança, mas não teve êxito. Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e dizer que se realmente existia um Deus que não o deixasse passar por assassino.

De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe o ombro esquerdo e ao virar deparou-se com a criança a dizer:

"Senhor, por favor, não brigue comigo, mas eu cai e quebrei o vidro do remédio, da para o senhor me dar outro?”

sábado, 4 de junho de 2011

A ultima chance

Havia um homem muito rico possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados.Tinha ele um único filho, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem de compromisso que ele mais gostava era de festas, estar com seus amigos e de ser bajulado por eles. Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam. 
Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção. 
Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres: “Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai”. 
Mais tarde chamou o filho, o levou até o celeiro e disse: Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro. 
Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar. E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos. 
É por isso que eu construí esta forca; sim, ela é para você, e quero que me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso pudesse ocorrer.
O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade. Desesperado e aflito começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer: - 
Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, é tarde demais. 
- Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe restava.A passos lentos se dirigiu ate lá e, entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse: 
- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada. Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço e disse: 
- Ah! se eu tivesse uma nova chance... 
E pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz caiu no chão, e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes. 
A forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia: 
- Essa é a sua nova chance...Eu te amo muito... 
Seu Pai

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Apenas 3 Conselhos!!

 Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de
favores um sítio do interior.
Um dia o marido fez a seguinte proposta para a esposa:
- "Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe,
arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar
e dar-te uma vida mais digna e confortável.
Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que
você me espere e enquanto eu estiver fora, seja FIEL a mim,
pois eu serei fiel a você".
Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que
encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para
ajudá-lo em sua fazenda.
O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi
aceito.
Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi
aceito.
O pacto foi o seguinte:
- "Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu
achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações.
EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO.
Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu
for embora.
No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o
meu caminho".
Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS,
sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos chegou para o patrão e disse:
- "Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para
a minha casa".
O patrão então lhe respondeu:
- "Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que
antes quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?
Eu lhe dou o seu dinheiro e você vai embora, ou LHE DOU TRÊS
CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai embora.
Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos, se eu
lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro.
Vá para o seu quarto, pense e depois me dê a resposta".
Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe:
"QUERO OS TRÊS CONSELHOS".
O patrão novamente frisou:
- "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro".
E o empregado respondeu:
- "Quero os conselhos".
O patrão então lhe falou:
1. "NUNCA TOME ATALHOS EM SUA VIDA. Caminhos mais curtos e
desconhecidos podem custar a sua vida.
2. NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a
curiosidade pro mal pode ser mortal.
3. NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois
você pode se arrepender e ser tarde demais."
Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não
era tão jovem assim:
- "AQUI VOCÊ TEM TRÊS PÃES, dois para você comer durante a
viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar
a sua casa".
O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte
anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.
Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o
cumprimentou e lhe perguntou:
"Pra onde você vai?"
Ele respondeu:
- "Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte
dias de caminhada por essa estrada".
O andarilho disse-lhe então:
- "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho
que é dez, e você chega em poucos dias".
O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando
lembrou-se do primeiro conselho, então voltou e seguiu o
normal.
Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou
uma pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se. Pagou a
diária e após tomar um banho deitou-se para dormir.
De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor.
Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o
local do grito.
Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo
conselho. Voltou, deitou- se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar café, o dono da hospedagem lhe
perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que
tinha ouvido.
O hospedeiro:
E você não ficou curioso?
Ele disse que não.
No que o hospedeiro respondeu: VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A
SAIR DAQUI VIVO, pois meu filho tem crises de loucura, grita
durante a noite e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no
quintal.
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a
sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhada... já ao
entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha,
andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa.
Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só.
Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um
homem a quem estava acariciando os cabelos.
Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e
amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-
los sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do
terceiro conselho.
Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo
e no dia seguinte tomar uma decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele disse:
- "NÃO VOU MATAR MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE.
Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de
volta.
Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre FUI
FIEL A ELA".
Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a
porta e o reconhece, se atira em seu pescoço e o abraça
afetuosamente.
Ele tenta afastá-la, mas não consegue.
Então com as lágrimas nos olhos lhe diz:
- "Eu fui fiel a você e você me traiu...
Ela espantada lhe responde:
- "Como? eu nunca lhe trai, esperei durante esses vinte
anos.
Ele então lhe perguntou:
- "E aquele homem que você estava acariciando ontem ao
entardecer?
E ela lhe disse:
- "AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO.
Quando você foi embora, descobri que estava grávida.
Hoje ele está com vinte anos de idade".
Então o marido entrou, conheceu, abraçou o filho e contou-
lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café.
Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão.
APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele
parte o pão e ao abri-lo encontra todo o seu dinheiro, o
pagamento por seus vinte anos de dedicação.
Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz
chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade...
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem
ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos
acrescentará...
Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e
fatalmente nos arrependemos depois...

A fabula da Aguia e da Galinha

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.
- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
 O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.
O camponês sorriu e voltou a carga:
- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!
- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a  águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e
dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu suas potentes asas.
Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.
Voou. E nunca mais retornou."
Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos
que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”